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Burkina Fasso: Ban quer paz e desenvolvimento de mãos dadas no Sahel

Burkina Fasso: Ban quer paz e desenvolvimento de mãos dadas no Sahel

Secretário-Geral pede abordagem de todos os países para fazer frente aos problemas comuns; instabilidade e insegurança alimentar entre as principais questões regionais.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Secretário-Geral disse que os problemas da região africana do Sahel devem ser resolvidos em conjunto e na sua totalidade, tendo desencorajado uma abordagem de país a país.

Nesta quinta-feira, Ban Ki-moon esteve em Burkina Fasso, onde destacou questões regionais comuns como a instabilidade, a insegurança alimentar, os eventos climáticos extremos e o crime organizado transnacional.

Emprego e Oportunidades

O país, de 16 milhões de habitantes, foi elogiado por mediar conflitos na região e ter acolhido 50 mil refugiados malianos durante os últimos dois anos. De acordo com a ONU, cerca de 1,8 milhão de pessoas estão em risco de insegurança alimentar nos próximos 12 meses.

Entre as questões partilhadas estão também a ameaça do extremismo, as desigualdades e as frustrações associadas à falta de emprego para os jovens e de oportunidades para as mulheres.

Na capital burquinesa, Ouagadougou, o chefe da ONU cumpriu a terceira etapa da sua visita à região africana. O último país a ser visitado é o Chade.

Governo

Ban manteve conversações com o primeiro-ministro de Burkina Fasso e com membros do gabinete governamental sobre questões como a necessidade de aumentar os esforços para conseguir alcançar os ODM.

O Secretário-geral disse ainda que a digressão é de solidariedade com os povos da região. Para o responsável, “após ter sofrido muito e por longo tempo” a deslocação era para ouvir e, especialmente, para agir.”

Financiamento e Tecnologias

Relativamente ao impacto das mudanças climáticas, Ban realçou que o Burkina Fasso era um dos países africanos mais afetados.

O apelo é que as autoridades  manifestem-se perante a falta de recursos para lidar com o tema, quanto às necessidades de financiamento e tecnologia para mitigação e adaptação às alterações.

Ban partiu ainda esta quinta-feira para Djamena, a capital do Chade, onde também deve reunir com representantes do governo.