Início da visita de Secretário-Geral à região africana marcada com apelo para eliminação de problemas que inflamam conflitos e instabilidade; mais de 80 milhões devem beneficiar de apoios do Banco Mundial e da União Europeia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Banco Mundial e a União Europeia asseguraram, esta segunda-feira, novos investimentos para a região africana do Sahel. Os programas das nações da região devem ter US$ 1,5 mil milhões do órgão no próximo biénio, adicionados ao equivalente a US$ 6,75 mil milhões atribuídos pela União Europeia para os próximos sete anos.
O anúncio das medidas ocorre no âmbito da deslocação do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que lidera um grupo que inclui os líderes das duas entidades.
Crescimento
A viagem, iniciada esta segunda-feira no Mali, tem o objetivo de fazer a “promoção do crescimento económico e tirar as pessoas da pobreza que assola o Sahel.”
O chefe da ONU destacou a necessidade do trabalho em conjunto e do investimento em governação, segurança, resiliência e oportunidade para as mulheres e jovens. A organização diz que pode, igualmente, apoiar o deslocamento da região da fragilidade para a sustentabilidade.
O combate ao que chamou “fogos no Sahel” continua a ser crucial, aliado ao que Ban Ki-moon chamou de necessidade de eliminar problemas que inflamam os conflitos e a instabilidade.
Presidentes
A digressão envolve o Níger, o Burkina Faso e o Chade e aborda temas como a paz, a segurança e a resiliência.
A fazer o périplo estão o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, o comissário da União Europeia para o Desenvolvimento, Andris Piebalgs , os presidentes da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma e do Banco Africano de Desenvolvimento, Donald Kaberuka .
Efeitos
As prioridades para o montante atribuído pelo Banco Mundial são a rede de segurança social, a ajuda às famílias que sofrem os efeitos da adversidade económicas e os desastres naturais. Por outro lado, estão as infraestruturas e a criação de melhores oportunidades em áreas rurais.
Estão igualmente envolvidos programas plurinacionais de Tecnologia de Informação e de Comunicação, além da construção de hidrelétricas e outras fontes de energia limpa.
A intenção é expandir a irrigação e a transformação da agricultura e da pecuária para mais de 80 milhões de pessoas.
A União Europeia manifestou determinação em continuar e aumentar apoios aos Estados e aos povos do Sahel, tendo a segurança como pré-requisito para o crescimento.
*Apresentação: Denise Costa.