Para o FMI, África Subsaariana continua no caminho do crescimento
Expectativa é de alta no próximo ano, apesar da baixa performance na região em 2013; Fundo Monetário Internacional nota forte demanda dos investimentos.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O crescimento da África Subsaariana deve subir em 2014, apesar de “ventos contrários” que baixaram de forma moderada a performance da região este ano.
A perspetiva é do Fundo Monetário Internacional, FMI, que divulgou um relatório sobre a economia da África Subsaariana. O órgão nota que a forte procura de investimentos sustenta o crescimento na maior parte da região.
Reflexos
Em termos de produção, espera-se que 2013 encerre com um aumento médio de 5% e para o ano, o crescimento seja de 6%. A diretora para África do FMI observa que as economias subsaarianas têm mantido um ritmo forte, apesar de tensões externas, como o menor crescimento em mercados emergentes.
Antoinette Sayeh avalia o cenário como um “reflexo de políticas macroeconómicas sólidas e da robusta demanda doméstica, especialmente em investimentos em infraestrutura e na capacidade produtiva.”
Segundo o FMI, a maioria dos riscos para a região vem de fatores externos, como fraqueza em países emergentes ou economias avançadas, incluindo novos parceiros económicos da África Subsaariana.
Eventos do Clima
A região poderia ser afetada com a queda de preço das matérias-primas. As principais vulnerabilidades para os países têm como causa eventos políticos ou climáticos.
O levantamento do FMI revela que deficits na conta corrente dos países foram financiados principalmente pelo investimento direto estrangeiro.
A médio prazo, com a solidez dos investimentos e o aumento da capacidade de exportação, espera-se que tais déficits diminuam.
O relatório do FMI faz diversas recomendações aos governos, como a necessidade de se monitorizar de perto os déficits públicos e o ajuste das moedas face à queda dos preços dos produtos básicos e das mudanças no fluxo de capitais.
*Apresentação: Eleutério Guevane.