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África regista queda de 5% no fluxo do investimento direto estrangeiro

África regista queda de 5% no fluxo do investimento direto estrangeiro

Estudo do Unctad calcula movimento global em US$ 745 mil milhões no primeiro semestre; valor corresponde a mais 4% relativamente ao mesmo período do ano passado.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Um estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, diz que África teve uma queda de 5% no investimento direto estrangeiro no primeiro semestre do ano.

Durante o período, a Nigéria conseguiu atrair US$ 2,6 mil milhões, menos da metade do obtido em 2012. A nível global, o fluxo foi de US$ 745 mil milhões, num aumento de 4% comparativamente ao mesmo período de 2012. 

Desempenho

Falando à Rádio ONU, de Genebra, o economista da Unctad, Rolf Traeger, chamou à atenção para as previsões em relação ao continente africano, que contrariam o desempenho semestral.

“Na África Central, do leste, Ocidental, houve uma queda do investimento estrangeiro direto. No geral, as perspetivas de investimento na África são positivas e já houve vários projetos de investimento que foram anunciados, especialmente em países como a Nigéria e Gana.”

Mercados Emergentes

O levantamento também nota o crescimento mais lento de alguns mercados emergentes e uma demanda mais fraca de consumo nos países desenvolvidos.

Entre os países do Brics (que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil vem posicionado depois da China e da Rússia, que receberam, respetivamente, US$ 67 mil milhões e US$ 56 mil milhões entre janeiro e junho.

Zona Euro

O país lusófono atraiu  US$ 30 mil milhões de investimento direto estrangeiro.

A Unctad estima que o fluxo de investimento encerre o ano nos mesmos níveis de 2012, devido aos riscos da zona do euro e o “abismo fiscal” dos Estados Unidos, como destacou Rolf Traeger.

*Apresentação: Eleutério Guevane.