Em 24 horas, Uganda teve 80% de congoleses da nova vaga de violência
Registo do Acnur foi confirmado nesta quarta-feira na província de Kivu do Norte; Monusco diz que 80 elementos do M23 se entregaram após os combates iniciados há cerca de uma semana.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou a travessia de milhares de pessoas em busca de refúgio no Uganda, após a última onda de confrontos da República Democrática do Congo, RD Congo.
Os combates iniciados na última sexta-feira na província oriental de Kivu do Norte opõem as tropas governamentais, apoiadas pelas forças da ONU, aos rebeldes M23.
Posições
Os rebeldes estariam a retirar-se de várias posições, revelou a Missão da ONU no país, Monusco. Nesta quarta-feira, foi tomado do controlo pelo exército da vila fronteiriça de Bunagana.
A área é tida pelos refugiados como ponto de entrada para a província ugandesa de Kisoro, no sul. Somente na quarta-feira, mais de 8 mil pessoas fizeram o trajeto, acrescidas às 10 mil que atravessaram desde o início dos confrontos.
Rendição
A Monusco anunciou que, em outubro, vários combatentes do M23 se entregaram à missão. Somente nesta terça-feira, 33 rebeldes capitularam, no que elevou o número total de rendidos para 80.
A Monusco disse que está a levar a cabo patrulhas regulares para proteger os civis das regiões afetadas.
O Acnur diz ter apoiado a cerca de 50 mil congoleses no país, tendo alertado que estes compõem 65% da população de refugiados instalados no país vizinho durante os últimos três anos.