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Com olhar na banda larga, líderes abordam transformação em África

Com olhar na banda larga, líderes abordam transformação em África

Estudo refere que contributo do tipo de conexão pode chegar a centenas de milhares de milhões de dólares; desempenho atual é considerado significativamente baixo relativamente a outros mercados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Governantes, líderes industriais e especialistas abordam, a partir desta segunda-feira, o futuro digital do continente africano na capital ruandesa, Kigali.

Para a União Internacional das Telecomunicações, UIT, o encontro dá sequência às suas recomendações para a promoção de compromissos “ousados para o crescimento” do setor, além de aumentar a inovação e o investimento a níveis sem precedentes.

Banda Larga

Nos debates, deve dominar a aceleração do estabelecimento da banda larga como um meio para conduzir a transformação socioeconómica significativa em África.

A agência cita um estudo da empresa de consultoria global McKinsey&Co, que indica que metade dos africanos residentes em centros urbanos está online, apesar da infraestrutura limitada e da disponibilidade de renda.

Mercados

A pesquisa intitulada “Leões no Mundo Digital” refere que a internet contribui, atualmente, com US$ 18 mil milhões para o Produto Interno Bruto, PIB, de 14 países. O grupo perfaz 90% do rendimento de África.

A contribuição é tida como significativamente mais baixa do que a de outros mercados emergentes e desenvolvidos.

Mudança Radical

O relatório afirma que, de forma semelhante à revolução dos telemóveis e da internet, a implantação da banda larga poderia ter um impacto muito além do que é observado atualmente.

Estima-se que o contributo possa atingir “centenas de milhares de milhões de dólares” para o PIB africano, com um impacto transformador em setores económicos vitais. O resultado seria “uma mudança radical na educação, na saúde e no reforço dos serviços públicos.”

O encontro segue-se à Cimeira Conectar África, que foi organizada pela UIT e o Governo do Ruanda, em 2007.