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Ban: ataques contra a ONU são cada vez “mais intensos” BR

Ban: ataques contra a ONU são cada vez “mais intensos”

Em novo relatório, Secretário-Geral apela aos Estados-membros a melhorar o ambiente operacional para equipes das Nações Unidas; em 2012, 31 funcionários foram sequestrados.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Em um novo relatório, o Secretário-Geral apela aos países-membros das Nações Unidas a apoiar todas as medidas de segurança para melhorar o ambiente operacional de funcionários e trabalhadores humanitários.

Ban Ki-moon afirma que “as equipes da ONU servem em ambientes cada vez mais perigosos e encontram uma variedade de ameaças nunca antes vistas na história da organização.”

Carro-Bomba

O relatório de Ban foi apresentado à Assembleia Geral e contem uma análise de incidentes contra funcionários da ONU ocorridos nos últimos anos.

O documento mostra que no ano passado, foram 1,793 incidentes, contra 1,759 em 2011. Atos de violência são citados como a primeira causa de mortes ou ferimentos.

Em 2011, 70 funcionários morreram e 60% dos casos ocorreram quando um carro-bomba explodiu em frente ao prédio da ONU na Nigéria.

Sequestros

O número de sequestros também vem aumentando: foram 31 vítimas ano passado, contra 21 em 2011. E só no primeiro semestre deste ano, 15 funcionários da ONU foram sequestrados, a maioria na Síria.

Ban Ki-moon está preocupado com “o aumento desconcertante de sequestros”, que segundo ele, “reflete os perigos” dos locais onde atua o pessoal da ONU.

O Secretário-Geral nota o uso cada vez mais frequente de explosivos improvisados e de homens-bomba e por isso, ele diz que “ataques diretos contra a organização estão cada vez mais intensos e sofisticados”.

Ban Ki-moon cita o ataque realizado por extremistas contra o complexo da ONU em Mogadíscio, na Somália, ocorrido em junho, quando oito pessoas morreram.

O Secretário-Geral lembra que a segurança dos funcionários da organização e de trabalhadores humanitários é, primeiramente, de responsabilidade do governo de cada país.

Por isso, ele apela a todas as 193 nações que fazem parte da ONU a dar mais apoio contra os responsáveis por atos de violência e ressalta que não pode haver impunidade para nenhuma pessoa que ataque os funcionários da organização.