Inverno leva Acnur a reforçar operação humanitária na Síria
Em Mouadamiya, a sudoeste de Damasco, 2,5 mil pessoas receberam colchões, cobertores, kits para cozinhar e itens de higiene; ONU calcula que 4,2 milhões de sírios estão deslocados dentro do país.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, está reforçando a entrega de ajuda humanitária na Síria, com a aproximação do inverno no Hemisfério Norte.
Recentemente, a agência da ONU entregou colchões, cobertores, kits para cozinhar e itens de higiene para cerca de 2,5 mil pessoas em Mouadamiya, a sudoeste de Damasco.
Sem Eletricidade
Nas últimas duas semanas, o Acnur e parceiros levaram mantimentos para mais de 20 mil civis vulneráveis que estão na cidade de Raqqa e em áreas próximas aHoms.
Em Genebra, o porta-voz da agência destacou que muitos deslocados vivem em prédios sem janelas, portas ou eletricidade.
Segundo Adrian Edwards, os sírios vão precisar muito em breve de cobertores térmicos e lençois plásticos para lidar com as temperaturas do inverno.
Destruição
Apesar dos esforços, o Acnur lembra que mais de 4,2 milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Síria. As temperaturas na região já estão caindo e a meta da agência é garantir abrigo para 80 mil pessoas até a chegada do inverno.
Praticamente todas as cidades da Síria foram afetadas pela guerra civil e a ONU calcula que mais de 400 mil casas foram destruídas e 1,2 milhão de residências sofreram danos.
Vacinas
A saúde dos refugiados é também uma preocupação da comunidade internacional. A Organização Internacional para Migrações e o Ministério da Saúde da Jordânia iniciam, dia 2 de novembro, uma campanha de vacinação contra sarampo, rubéola e pólio.
A meta é imunizar mais de 3,5 milhões de crianças e jovens, incluindo refugiados sírios.
Armas Químicas
Também nesta terça-feira, a coordenadora especial da Missão da ONU-Opaq para a Síria, elogiou a decisão do governo do país de entrar para a Convenção sobre Armas Químicas.
Sigrid Kaag, que está na Síria, destacou que o prazo é um desafio, já que a meta é eliminar o arsenal químico da Síria até a primeira metade de 2014.
Ela agradeceu a cooperação do governo com o trabalho da missão conjunta e expressou gratidão ao povo sírio, pela “calorosa acolhida” de sua equipe.