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Condenada violência que matou sete refugiados palestinianos na Síria

Condenada violência que matou sete refugiados palestinianos na Síria

Unrwa diz que falta de segurança está a atrasar avaliação da extensão de perdas e danos aos bens humanitários; reafirmado apelo com vista ao fim de confrontos armados em acampamentos e outras áreas civis.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Relatos sobre a morte de sete palestinianos num ataque ocorrido na Síria resultaram na sua condenação, nesta segunda-feira, pela Agência da ONU para Refugiados Palestinianos, Unrwa.

Estima-se que 15 pessoas ficaram feridas, no sábado, em atos de violência que afetaram o acampamento de refugiados de Deraa, no sul do país. O incidente resultou na destruição de dois centros instalados pela agência, um de saúde e outro sobre programas da mulher.

Direito Humanitário

O diretor dos Assuntos da Unrwa na Síria reafirmou o apelo a todas as partes para que se abstenham de confrontos armados, tanto em acampamentos de refugiados palestinianos como em outras áreas civis. O pedido foi também para que estas cumpram as suas obrigações no âmbito do Direito Internacional Humanitário.

Michael Kingsley – Nyinah disse que os relatos dando conta da perda de vidas são profundamente perturbadores. A nota refere que os danos causados às instalações da agência durante o conflito “limitam a disponibilidade de serviços essenciais e agravam a crise humanitária” enfrentada pelos refugiados palestinianos.

Acesso

A Unrwa fez saber que continua a apurar a extensão das perdas e da degradação de bens humanitários, devido às dificuldades de acesso a pelo menos sete acampamentos e comunidades por razões de segurança.

O Centro de Saúde de Deraa foi reconstruído e totalmente reequipado por doadores há cinco anos. Antes do conflito, mais de 25 mil refugiados palestinianos residentes no acampamento e nas áreas vizinhas beneficiavam de vários serviços de saúde.

Segurança

Com a guerra, a Unrwa diz que muitos refugiados tentaram procurar segurança fora do acampamento e, durante muitos meses, o centro de saúde deixou de funcionar normalmente.

A agência apoia a cerca de 420 mil refugiados palestinianos em áreas que incluem educação primária, transferência de renda, assistência alimentar, apoio psicossocial, serviços humanitários e micro-finanças.