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Timor-Leste diz que está disposto a ajudar para eleições na Guiné-Bissau

Timor-Leste diz que está disposto a ajudar para eleições na Guiné-Bissau

Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Luís Guterres, disse que o seu país vai analisar a demanda para a realização do pleito após consultas com a Cplp; primeiro-ministro Xanana Gusmão visitou o país africano no início deste mês.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Timor-Leste colocou-se à disposição para apoiar a realização das eleições na Guiné-Bissau. A informação foi dada à Rádio ONU pelo ministro timorense dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, José Luís Guterres.

O chefe da diplomacia afirmou que a ajuda será dada após consultas com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, que está a acompanhar a situação guineense desde o golpe de Estado de 12 de abril do ano passado. Logo depois, foi instalado um governo de transição na nação africana de língua portuguesa.

Passagem

O primeiro-ministro do Timor-Leste, Xanana Gusmão, visitou a Guiné-Bissau, no início deste mês, como parte da cooperação entre os dois países.

A Missão da ONU em Bissau é liderada pelo ex-presidente timorense e Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta.

Durante a sua passagem a Nova Iorque, para participar dos debates da Assembleia Geral, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, falou sobre a cooperação existente entre o seu país e a Guiné-Bissau.

Emergência

“Timor-Leste, por causa da solidariedade fraternal que nós temos, sente a obrigação de fazer algo pelo povo da Guiné-Bissau. Abrimos na Guiné-Bissau a nossa agência de cooperação e o objetivo é dar apoio à população, apoio de emergência assim como incentivar a produção agrícola. Em relação à matéria de questões políticas, obviamente serão decididas a nível de Cplp. Mas há muito interesse da parte de Timor-Leste em saber da situação que se viu na Guiné-Bissau.”

As eleições presidenciais e legislativas guineenses estão marcadas para 24 de novembro, mas autoridades do país indicam que questões técnicas podem atrasar a realização do pleito.

De acordo com o Escritório da ONU em Bissau, cálculos iniciais sugerem que o processo a culminar com a votação poderia custar até US$ 20 milhões, a serem financiados pela comunidade internacional.

*Apresentação: Eleutério Guevane.