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Comitê faz novo alerta sobre biocombustíveis e insegurança alimentar BR

Comitê faz novo alerta sobre biocombustíveis e insegurança alimentar

Órgão ressalta a importância de integrar pequenos agricultores a políticas nacionais; Comitê sobre Segurança Alimentar Mundial lembra que desenvolvimento de biocombustíveis geram oportunidades e riscos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Comitê sobre Segurança Alimentar Mundial está chamando a atenção para a relação entre biocombustíveis e a insegurança alimentar. O órgão pede que o desenvolvimento desses combustíveis leve em conta o direito da garantia de comida para todos.

O Comitê é o principal órgão mundial para segurança alimentar e nutrição. Fazem parte dele as Nações Unidas, em especial a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO; ONGs; setor privado; instituições de pesquisas e financeiras, como o Banco Mundial.

Integração

Após uma reunião de uma semana, com a participação de 130 países e representantes da sociedade civil e do setor privado, o Comitê também ressaltou a importância de integrar pequenos agricultores nas estratégias e políticas nacionais.

Segundo a FAO, pequenos produtores e pescadores de países em desenvolvimento formam quase o total entre os 840 milhões de pessoas famintas do mundo.

Safras

O Comitê notou que o desenvolvimento de biocombustível gera oportunidades e também riscos econômicos, sociais e ambientais. Em alguns casos, a produção cria competição entre as safras para o consumo alimentar e as safras para o combustível.

O órgão destaca ser importante que governos revejam suas políticas, que devem considerar os impactos na produção alimentar. O Comitê também encoraja a FAO a ajudar os países a tratar da situação do biocombustível, levando em conta a segurança alimentar no nível global e nacional.

Segundo a FAO, a produção de biocombustível pode ser feita a partir da cana-de-açúcar, no caso do etanol brasileiro, e também a partir do milho, que é o foco de produção nos Estados Unidos.