ONU condena sequestro de primeiro-ministro da Líbia
Chefe do governo Ali Zeidan passou várias horas sob poder de milicianos, segundo agências de notícias; televisão estatal mostrou imagens do premiê retornando ao escritório, em Trípoli, após ser libertado.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As Nações Unidas condenaram com veemência o sequestro do primeiro-ministro da Líbia, Ali Zeidan.
Segundo agências de notícias, Zeidan foi levado por dezenas de milicianos e passou várias horas sob poder dos sequestradores. O primeiro-ministro teria sido retirado de um hotel durante a madrugada por homens armados.
Viagem Oficial
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, que está em viagem oficial a Brunei, no sudeste da Ásia, falou a jornalistas sobre o sequestro.
Ban afirmou que condena o sequestro nos mais fortes termos. O chefe da ONU contou que falou, ao telefone, com o representante especial dele na Líbia, Tarek Mitri, sobre o tema.
Ele disse que o funcionário da ONU estava atuando com outros atores na no país árabe para garantir a libertação do primeiro-ministro.
Segundo imagens da TV estatal líbia, o chefe de governo foi libertado e retornou ao seu escritório em Trípoli.
Ali Zeidan, que abandonou o regime comandado pelo ex-líder da Líbia Muammar Kadafi durante a revolução no país, foi eleito primeiro-ministro em outubro passado.
Na declaração a jornalistas, Ban Ki-moon disse ainda que é muito importante para o governo da Líbia e os líderes do país promovem o diálogo e a reconciliação. Para o chefe da ONU, todos os líbios precisam fazer parte da transição política.
Ele afirmou que as Nações Unidas vão continuar trabalhando para isso.