Especialistas da ONU querem o fim da pena de morte
Relatores especiais disseram que mais de dois terços dos Estados-membros já aboliram a sentença; declaração foi feita para marcar o Dia Mundial Contra a Pena de Morte neste 10 de outubro.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Especialistas da ONU em direitos humanos pediram a comunidade internacional que intensifiquem os esforços globais para acabar com a pena de morte.
A declaração foi feita para marcar o Dia Mundial Contra a Pena de Morte, nesta quinta-feira, 10 de outubro.
Estados-membros
Os relatores especiais sobre execuções extrajudiciais, Christof Heyns e sobre tortura e outros tipos de punições e tratamentos crueis e desumanos, Juan Méndez, disseram que mais de dois terços dos Estados-membros já aboliram a sentença.
Em comunicado, Heyns e Méndez disseram que apesar de haver uma clara tendência para o fim dessa prática no mundo, é lamentável que ainda haja necessidade de se marcar um dia como esse.
Lei Internacional
Eles disseram que ainda existe um número de países onde as pessoas continuam sendo executadas, o que vai contra os padrões impostos pela lei internacional.
Heyns afirmou que no caso dos países que ainda não aboliram a prática, a pena de morte só deve ser aplicada para crimes de homicídio doloso, onde há intenção de matar.
Segundo ele, a sentença não pode ser imposta para outros tipos de crimes, como os relacionados às drogas ou financeiro.
Méndez disse que o tratamento cruel começa bem antes da execução. O relator especial da ONU afirmou que a prática está diminuindo porque ela está sendo vista como uma punição desumana, degradante e, em alguns casos, como tortura.