Unesco quer investigação de assassinato de jornalistas iraquianos
Agência alerta sobre efeitos dos atos para a liberdade de imprensa e para o debate nas sociedades; Mohamed Karim al- Badrani e Mohamed Ghanem foram mortos neste sábado em Mosul.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu esta quarta-feira a investigação imediata da morte de dois jornalistas iraquianos.
Mohamed Karim al- Badrani e Mohamed Ghanem foram mortos a tiro, no último sábado, durante a filmagem de uma reportagem sobre um mercado na cidade iraquiana de Mosul. A produção devia ser transmitida pela televisão independente Al- Sharqiya.
Desempenho
A diretora-geral da agência, Irina Bokova, refere que permitir que tais crimes fiquem impunes pode prejudicar gravemente a capacidade de desempenho das funções dos profissionais de jornalismo.
Para as sociedades, a representante disse que o efeito seria a limitação da liberdade do debate aberto e informado.
Bokova pediu que sejam levados a julgamento os responsáveis pelo incidente, que fez subir para três o número de jornalistas assassinados no Iraque neste ano.
Colômbia
A Unesco também condenou o assassinato de um fornecedor de publicações de nacionalidade colombiana, a 28 de setembro. A morte de José Dário Arenas foi motivada pela produção de artigo para o jornal Exta Del Quindi, da cidade de Calcedónia, do qual era colaborador.
Bokova considera importante garantir que os distribuidores de notícias gozem das condições de segurança no trabalho exigidas aos que se dedicam à recolha de material noticioso.