Perspectiva Global Reportagens Humanas

Convenção da ONU para combater uso do mercúrio abre para assinaturas BR

Convenção da ONU para combater uso do mercúrio abre para assinaturas

Novo tratado recebeu nome de Convenção Minamata, em homenagem à cidade japonesa que sofreu com contaminação do metal tóxico; documento determina controle e reduções nos setores de saúde, energia e construção.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Convenção da ONU para combater o uso do mercúrio abre, nesta quarta-feira, para assinaturas dos países.

O tratado recebeu o nome de Convenção Minamata em homenagem à cidade japonesa que sofreu com a contaminação do metal tóxico em meados do século 20 e causou sérios problemas de saúde na população.

Negociações

O documento foi aprovado em janeiro e a Convenção agora marca o fim de quatro anos de negociações complexas entre mais de 140 países.

O subsecretário-geral da ONU e diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner, afirmou que com a Convenção, as nações criaram a base para uma resposta global ao material poluente.

Segundo Steiner, todos vão se beneficiar do tratado, em particular, segundo ele, os trabalhadores de minas de ouro, as pessoas que vivem no Ártico, as mães e seus bebês e as futuras gerações que estão pôr vir.

Controle

A Convenção determina o controle e reduções ao uso do mercúrio em vários setores, como de saúde, energia e construção.

O documento combate a utilização do metal em equipamentos médicos, como o termômetro, como também em lâmpadas elétricas, no cimento e em fábricas de carvão que geram energia.

Segundo o Pnuma, o mercúrio e seus derivados causam vários impactos na saúde, incluindo danos cerebrais e neurológicos, especialmente entre os jovens.

Saúde

Além disso, eles causam também problemas nos rins e no aparelho digestivo. As vítimas podem sofrer perda de memória e dificuldade para falar.

O relatório do Pnuma sobre o mercúrio mostrou que a Ásia é o continente mais atingido.

Pela Convenção, os governos concordaram em banir uma série de produtos que contém o metal tóxico até 2020. Entre eles estão pilhas, alguns tipos de lâmpadas fluorescentes e até mesmo em sabões e outros cosméticos.