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FAO alerta para contínua oscilação de preços de alimentos

FAO alerta para contínua oscilação de preços de alimentos

Agência alerta para aproveitamento do ambiente dos mercados para preparar  futuras turbulências; reunião de especialistas junta 30 ministros da Agricultura em Roma.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As oscilações nos preços alimentares devem manter-se, apesar da queda dos preços dos alimentos e de uma certa estabilização, destaca a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

A declaração foi feita durante o encontro ministerial da agência, em Roma, na Itália. O diretor-geral José Graziano da Silva disse que as transações de de mercadorias alimentares estão mais calmas este ano.

Estabilidade

No evento que conta com a presença de 30 ministros da agricultura, a agência anunciou a recuperação dos preços de cereais e de reservas de alimentos que estimularam à estabilidade.

Os especialistas devem discutir a segurança alimentar e a questão dos biocombustíveis e formas de investimento em pequenos agricultores para promover nutrição e segurança alimentar no mundo.

Níveis Históricos

O diretor-geral da FAO lembrou ainda que apesar da queda nos preços da comida, o que é cobrado pelos alimentos ainda é mais alto do que os níveis históricos.

Para o chefe da agência da ONU, os países devem aproveitar a serenidade do mercado para se prepararem para futuras turbulências. Graziano da Silva também recomenda a busca de soluções para o problema da volatidade.

Segundo ele, se os preços vão se manter altos, é preciso aprender a lidar com a nova realidade.

Preços

A proteção de famílias de baixa renda, e os benefícios dos pequenos agricultores dos altos preços cobrados por seus produtos são matérias de apreensão da FAO.

Graziano da Silva acredita que os agricultores devem reinvestir na lavoura com um conjunto de políticas apropriadas.

Fome Crónica

Na reunião da Comissão sobre Segurança Alimentar, a decorrer até 11 de outubro, foi anunciado que este ano deve fechar com menos 30 milhões de famintos no mundo.

A diretora do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Ertharin Cousin, disse que o mundo e os 840 milhões de pessoas que passam fome crónica dependem de decisões acertadas sobre o tema.

*Apresentação: Denise Costa.