OIM alerta para impacto social do fluxo de sírios para o Iraque
Agência adverte que boa relação entre refugiados sírios e população iraquiana pode piorar com o tempo; obstáculos incluem falta de emprego sem qualificação e incapacidade dos iraquianos de gerar renda.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, recomenda um plano que resolva os desafios imediatos e de longo prazo de sírios que fogem para o Iraque. Como exemplo, a agência menciona iniciativas de apoio à renda familiar dos refugiados.
Num estudo lançado, nesta sexta-feira, em Genebra, a agência refere que a relação entre os refugiados sírios e a população do Iraque é em geral boa, mas pode piorar com o tempo como impacto negativo da situação.
Curdistão
O relatório que analisa o impacto da crise Síria no Iraque onde mais de 200 mil sírios espalhados, na sua maioria na região autónoma do Curdistão.
Na cidade suíça, o porta-voz da OIM explicou que a pesquisa avaliou tanto a situação dos refugiados quanto a de milhares de iraquianos que estavam a viver na Síria, mas retornaram ao país de origem.
Incapacidade
Segundo Jumbe Omari Jumbe, o Iraque enfrenta grandes desafios sociais, económicos e demográficos. O porta-voz da OIM cita efeitos imediatos da crise, como a falta de emprego sem qualificação e a incapacidade dos iraquianos de gerar suficiente para sustentar as suas famílias e os refugiados.
A OIM fez o levantamento entre maio e julho, com milhares de refugiados sírios e iraquianos. Devido ao conflito armado, 50 mil iraquianos que viviam na Síria voltaram para casa.
Abrigo
O relatório informa ainda que 38% dos refugiados sírios já tinham parentes a viver no Iraque. Eles carecem principalmente de abrigo, de comida e de trabalho.
No total, 2 milhões de sírios fugiram para os países vizinhos devido ao conflito civil, iniciado em março de 2011.