Turismo em África vai empregar 6,7 milhões na próxima década

Levantamento do Banco Mundial examina o potencial do setor na África Subsaariana; Cabo Verde citado, ao lado do Quénia, por ter simplificado as políticas de turismo e liberalizado o transporte aéreo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

A indústria do turismo na África Subsaariana vai contribuir com a criação de 6,7 milhões de postos de emprego até 2021, revela um relatório do Banco Mundial.

O estudo afirma que o turismo é o responsável direto ou indireto por um em cada 20 postos de trabalho na região. Além disso, a indústria é uma das poucas em África onde há boa representação das mulheres como funcionárias e gerentes.

Estratégias

Cabo Verde é citado como exemplo de sucesso, ao lado do Quénia, do Ruanda, da África do Sul e da Tanzânia, por ter simplificado suas políticas de turismo, ao liberalizar o transporte aéreo e ter diversificado as estratégias no setor.

O vice-presidente do Banco Mundial para África, Makhtar Diop, confirmou o crescimento das companhias privadas no continente, a atrair investimentos regionais e internaconal. O retorno de investimento em África está entre os mais altos do mundo.

Parcerias

Diop refere que em parceria com o setor privado, os governos devem criar melhores sistemas de transporte, de eletricidade, de infraestrutura e de outros serviços essenciais para o desenvolvimento do turismo.

O Banco Mundial nota a expansão das redes hoteleiras no continente, que atraiu, no ano passado, 33,8 milhões de visitantes. Um número muito maior do que o de 1990, quando registou cerca de 7 milhões de turistas.

As receitas do turismo em África em 2012 foram de mais de US$ 36 mil milhões, quase 3% do Produto Interno Bruto do continente. O relatório lembra que África é rica em recursos naturais e culturais, considerados fundamentais para o crescimento do setor turístico.