Programa Mundial de Alimentos e governo do país acabam de lançar operação para ajudar civis; mau tempo e comida com preços altos afetam parte da população.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O governo do Malaui e o Programa Mundial de Alimentação, PMA, acabam de lançar uma operação de assistência à população que está a ser afetada pelo mau tempo e pelos altos preços alimentares.
Dados do governo apontam para cerca de 1,5 milhão de pessoas devem precisar de ajuda alimentar nos próximos meses, mas acredita-se que o número possa subir.
Reservas
O PMA diz que nesta temporada, pelo menos 21 distritos serão afetados pela fome, esperando-se que a situação mais grave ocorra em janeiro e fevereiro. Mas a agência da ONU justifica o lançamento do seu programa de apoio com o facto das reservas alimentares em várias casas já terem esgotado.
Segundo o governo malauiano, muitas famílias enfrentam um declínio de metade na produção alimentar, devido a prolongados períodos de seca.
O fator também contribuiu para um aumento de 100% no preço do milho, em comparação com o ano passado. O governo malauiano disponibiliza 25 mil toneladas de milho.
Cesta
O PMA e os seus parceiros devem oferecer aos necessitados uma cesta de alimentos com milho, leguminosas, óleo vegetal e o “Super Cereal”, uma mistura de milho e soja reforçada, usada para fazer papas nutritivas.
As pessoas mais vulneráveis também devem participar do programa de transferência de valores da agência que possibilita a compra de comida em mercados locais.
Apesar da ajuda de doadores, o PMA tem apenas um terço dos fundos financiados para a operação de socorro.
*Apresentação: Eleutério Guevane.