Angola quer reflexão regional para definir metas globais pós-2015
Falando à Rádio ONU, em Nova Iorque, vice-presidente aponta riscos do que chamou adaptação de matriz internacional regional para desenvolver o globo; angolanos reafirmam candidatura ao Conselho de Segurança.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O vice-presidente de Angola pediu uma reflexão regional a anteceder a agenda de desenvolvimento global pós-2015. Manuel Domingos Vicente diz que há questões particulares dos continentes que devem ser consideradas para conceber a estratégia.
Após lançar a ideia no discurso feito, esta sexta-feira na Assembleia Geral, o vice-presidente angolano falou à Rádio ONU sobre o possível impacto da proposta.
Risco
“Há especificidades próprias. Os problemas que o continente americano vive não são os mesmos problemas do continente africano ou asiático. É preciso que cada um, a nível da sua região, reflita primeiro sobre os seus próprios problemas para que possamos fazer uma integração a nível internacional. Estar a pegar na matriz internacional e aplicar e vários sítios sem a condicionalidade necessária, corremos o risco de não ser bem-sucedidos”,disse.
À comunidade internacional, Manuel Vicente falou de conflitos globais com foco em África, da crise económica e destacou a campanha angolana para integrar o Conselho de Segurança em 2015 e 2016.
Hora de Mudar
“Angola é candidato e reafirmamos aqui. Não há dúvidas que precisamos de um Conselho mais equilibrado, aliás, o resultado do desequilíbrio está à vista, tem que mudar, é hora de mudar”, destacou.
Na mira do país de língua portuguesa também está a corrida para o Conselho de Direitos Humanos.