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Primeira-dama moçambicana quer apoio de entidades da ONU

Primeira-dama moçambicana quer apoio de entidades da ONU

Embaixadora da Boa Vontade do Onusida também destaca necessidade de assistência de pessoas singulares para esforços para livrar crianças livres do HIV e dos cancros do colo do útero, da mama e da próstata.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A primeira-dama moçambicana destaca a necessidade de mais apoios individuais e de entidades das Nações Unidas pela saúde materno-infantil em África, durante a 68ª. Sessão da Assembleia Geral.

Há dois meses, Maria da Luz Guebuza foi nomeada patrona do Plano Global para a eliminação de novas infeções do vírus em crianças e para a manter a saúde das mães.

Cancros

De acordo com o Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, as ações devem ser levadas a cabo em vários  países africanos, como continente mais afetado pela epidemia.

Em declarações à Rádio ONU, Maria da Luz Guebuza falou da participação nas sessões que abordaram o impacto do HIV/Sida em crianças e mães e dos cancros do colo do útero, da mama e da próstata.

Responsabilidade

“Esta responsabilidade que assumimos é para reduzir o número de crianças infetadas e manter a saúde das mães. Muitas vezes, o que acontece é que as mães não vão às unidades sanitárias e não são tratadas. As crianças nascem com a enfermidade e as mães ficam debilitadas e acabam morrendo”, disse. 

Conforme referiu, uma das experiências partilhadas recentemente é a necessidade de envolver mais homens no acompanhamento da saúde da mulher.

Cancro

“Vamos juntar as nossas energias para podermos salvar mais vidas humanas e mais crianças. Hoje, o cancro do colo do útero é um tipo que pode ser prevenido mas no nosso continente ainda morrem muitas mulheres. O cancro do colo de útero é exacerbado pelo HIV/Sida”, referiu.

Além do HIV/Sida, a morte de mães durante o parto em países africanos de língua portuguesa foi apontado pela representante como um dos fatores que exige maior foco. Apesar de o tema já ter sido abordado com homólogas, cientistas e filantropos, Guebuza diz que ainda carece de assistência.     

O Onusida refere que o Plano Global envolve esforços em 22 países para alcançar a redução de 90% no número de crianças infetadas com o HIV e uma redução de metade das mortes maternas relacionadas com a sida.