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Quase 99% das mortes na gravidez e no parto ocorrem em países pobres BR

Quase 99% das mortes na gravidez e no parto ocorrem em países pobres

Em discurso de abertura do evento “Sucessos das Metas do Milênio”, Ban Ki-moon afirmou que uma das maiores diferenças entre nações ricas e pobres são as taxas de mortalidade materna.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas estão realizando um encontro de alto nível nesta segunda-feira para contabilizar os sucessos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

No encontro, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, disse que a maior diferença entre países ricos é pobres é vista nas taxas de mortalidade materna.

Debate

Segundo Ban, quase 99% das mães que morrem na gravidez ou no parto são de países em desenvolvimento. No encontro desta segunda, autoridades e representantes da sociedade civil participam de um debate para acelerar os progressos das metas.

De acordo com a ONU, para evitar mortes, é preciso patrocinar políticas de saúde como o pré-natal, prevenção a doenças sexualmente transmissíveis incluindo o HIV, tratamento para abortos inseguros e oferta de contraceptivos.

O ministro do Plano e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, que participa do encontro falou à Rádio ONU sobre a situação em seu país.

Acesso

“Questões ligadas à alimentação das pessoas, acesso aos postos de saúde aos hospitais, às questões culturais. E é nessas áreas que o Governo intervém para pode melhorar, cada vez mais, o acesso às zonas rurais. Aí que entra a questão da planificação para aproximas os hospitais, as maternidades das mães no momento em que elas estão a dar parto.”

A melhoria a saúde materna é o quinto dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Para Ban, alcançar esta meta não é caro, mas o mundo irá precisar de mais recursos do que os que foram disponibilizados até agora.

Mais Recursos

Ban lembrou que o esforço pode ajudar a salvar centenas de milhares de vidas todos os anos. Com a iniciativa, os países poderão evitar ferimentos a longo prazo e deficiências para até 17 milhões de mulheres e adolescentes.

O chefe da ONU encerrou o discurso citando o professor de medicina, Mahmoud Fathalla. Segundo o médico, as mulheres não estão morrendo por doenças sem tratamento, mas sim porque sociedades inteiras ainda estão decidindo se a vida dessas mulheres merece ser salva.

Para Ban, os investimentos certos farão uma diferença vital para cada mulher e cada criança.