TPI decide interromper julgamento de vice-presidente queniano
Entre a justificação para a medida está o ataque deste fim de semana contra o centro comercial em Nairobi.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Tribunal Penal Internacional decidiu interromper o julgamento do caso de violência pós-eleitoral no Quénia por uma semana. O TPI justifica o pedido “à luz das circunstâncias no Quénia e das opiniões ouvidas durante a audiência.”
Agências noticiosas dizem que as autoridades do país estão a levar a cabo uma operação para libertar reféns do ataque terrorista, deste sábado, contra o centro comercial Westgate na capital Nairobi. Os relatos das agências apontam para pelo menos 62 mortos e mais de 170 feridos no incidente.
Defesa
O TPI refere que a decisão foi tomada a pedido da defesa do vice-presidente queniano, William Ruto, que é um dos acusados ao lado do radialista Joshua Sang.
Ambos defendem-se de acusações que incluem a organização da violência nas disputadas eleições de 2007 onde morreram cerca de 1,2 mil pessoas.
Testemunhas
Em nota, o órgão diz que a presença de Ruto foi dispensada do julgamento assim como a audição das 536 testemunhas durante a sua ausência.
A 18 de junho de 2013, o TPI deliberou a dispensa da presença física do vice-presidente no julgamento, exceto para audiências específicas. O veredicto entrou em recurso a pedido do Ministério Público.