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África Subsariana com maior concentração de trabalhadores infantis

África Subsariana com maior concentração de trabalhadores infantis

OIT aponta maior incidência do fenómeno, apesar de o continente ter registado menos 6 milhões de crianças trabalhadoras desde o ano 2000; a nível global, diminuição de cerca de 47 milhões no último quinquénio.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.* 

Mais de uma em cada cinco crianças da África Subsaariana está envolvida no trabalho infantil, refere um relatório quinquenal da Organização Internacional do Trabalho, OIT.

A pesquisa, lançada nesta segunda-feira, aponta para a existência de menos 6 milhões de trabalhadores infantis desde o ano 2000. Mas o continente continua a ser o que tem a maior incidência do fenómeno.

Ásia e Pacífico

O Estudo “Marcando Progressos Contra o Trabalho Infantil”,refere que o maior número absoluto de crianças trabalhadoras é encontrado na Ásia e Pacífico. A região conta com 78 milhões de menores envolvidos,  comparativamente aos 114 milhões de 2008.

As meninas trabalhadoras de idades entre os 5 e os 17 anos totalizam 68,2 milhões, ao contrário dos 99,8 milhões de rapazes. Nos 12 anos anteriores, a queda das menores trabalhadoras foi de 40%, sendo um quarto para os rapazes. 

Eliminação

A nível global, o estudo aponta uma diminuição de um terço de crianças no trabalho desde o ano 2008 para 168 milhões. Entretanto, o declínio não é considerado suficiente para conseguir eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2016.

Apesar de não revelar dados particulares dos países, o relatório indica que no Brasil o trabalho infantil cresce no setor de serviços e diminui na agricultura. O fenómeno também é saliente no México e na Indonésia.

América Latina

Na faixa entre os 5 e os 17 anos, 12,5 milhões de crianças trabalhadoras são da América Latina e das Caraíbas. A “diminuição modesta” foi de 1,6 milhão.

A recomendação é que África e os setores informais da agricultura, da manufatura e dos serviços sejam o foco nas ações para deter o fenómeno.

*Apresentação: Denise Costa.