Pillay pede ao Irã que crie espaço para defensores de direitos humanos
Alta comissária da ONU saúda a libertação vários presos políticos, incluindo ativistas e jornalistas; Nasrin Sotoudeh foi uma das libertadas, após passar três anos na prisão por “atos contra a segurança nacional”.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos saudou a libertação de 12 presos políticos iranianos ocorrida esta semana.
Navi Pillay apela ao governo do Irã que use este “passo positivo” para colocar um fim à perseguição aos defensores de direitos humanos.
Contribuição
Entre os libertados, está Nasrin Sotoudeh, uma ativista que venceu em 2012 o Prêmio Sakharova pela Liberdade de Pensamento. Segundo agências de notícias, as autoridades do Irã justificaram a prisão dela por “ameaça à segurança nacional” e pelo fato da ativista se recusar a usar o véu.
Em Genebra, o porta-voz da alta comissária destacou que pessoas como Sotoudeh podem dar uma “grande contribuição para a melhora da proteção dos direitos humanos no Irã.”
Fim de Restrições
Segundo Rupert Colville, o escritório de Direitos Humanos faz um apelo ao governo iraniano para que “crie espaço” aos defensores da área, advogados e jornalistas, e permita que esses profissionais possam desenvolver seu trabalho sem nenhuma sanção.
A alta comissária também pede o fim de qualquer restrição de viagens impostas a Sotoudeh e que ela possa voltar a atuar como advogada.
Prisão
Nasrin Sotoudeh foi libertada no dia 18, após cumprir metade da sentença de seis anos de cadeia.
Ela foi acusada de não usar a vestimenta islâmica durante uma mensagem de vídeo, de fazer propaganda contra o sistema e ser membro do Centro para os Defensores dos Direitos Humanos. A ativista a também foi proibida de exercer sua profissão de advogada por 10 anos.