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Fórum científico busca reverter deterioração dos oceanos por poluição BR

Fórum científico busca reverter deterioração dos oceanos por poluição

Evento “Planeta Azul: Aplicações Nucleares para um Ambiente Marinho Sustentável” está ouvindo especialistas e autoridades, em Viena; águas oceânicas absorvem quase 25% do dióxido de carbono que se dissolve e aumentar acidificação.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Dezenas de cientistas e especialistas em energia nuclear e recursos marinhos estão reunidos em Viena, na Áustria, para debater formas de reverter os danos causados aos oceanos e mares pela poluição.

O evento “Planeta Azul: Aplicações Nucleares para um Ambiente Marinho Sustentável” é abrigado pela Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea.

Correntes Oceânicas

A agência lembra que o oxigênio é gerado pela vida marinha, enquanto as correntes oceânicas transferem o calor, o que contribui para a manutenção de um clima moderado.

Atividades humanas, no entanto, estão causando danos aos mares e oceanos. Com a queima de combustíveis fósseis, mais emissões de dióxido de carbono são lançadas na atmosfera. Um outro problema são as águas de lastro dos navios jorradas de uma área para outra.

Em grande parte dos casos, elas contêm água de esgoto, espécies invasoras e até mesmo doenças e contaminações.

Moluscos Dourados

Um dos participantes do Fórum Científico, o professor de Química da PUC- Rio, José Marcus Godoy, falou à Rádio ONU, de Viena, sobre uma das consequências da água de lastro ao habitat brasileiro.

“No caso do Brasil, a gente tem o problema dos moluscos dourados que são as espécies invasoras que foram introduzidas por esta água de lastro. E estes moluscos dourados eles já invadiram inclusive as turbinas de Itaipu. Para se ter uma ideia do impacto que isso tem na economia.”

O Fórum Científico Planeta Azul também está analisando a forma como o desenvolvimento insustentável e a exploração de recursos têm afetado os habitats costeiros.

Uma das propostas dos especialistas é a aplicação de técnicas nucleares e isotópicas para reduzir os níveis de ameaça aos oceanos e mares.

Cientistas dos Laboratórios da Aiea em Mônaco já começaram a avaliar como os organismos marinhos reagem à acidificação e ao aquecimento global.

O Fórum Planeta Azul termina nesta quarta-feira.