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OIM aponta entraves para retorno de etíopes vítimas do tráfico humano

OIM aponta entraves para retorno de etíopes vítimas do tráfico humano

Nesta semana, agência apoiou regresso de 71 migrantes que viviam na Somalilândia; testes médicos revelam que visados teriam vivido sem alimentação decente durante semanas no território do Corno de África.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Internacional para Migrações, OIM, disse que continua a identificar o abuso e a exploração de identidades relacionadas ao contrabando e ao tráfico humano no Corno de África e no Iémen.

Em nota emitida, esta sexta-feira, em Genebra, a agência dá conta do retorno de 71 migrantes etíopes que viviam em Hargeisa nos territórios da Somalilândia.

Exames de Saúde

Após meses de dificuldades nas mãos de traficantes, o grupo estava sem meios de retornar a casa. Nesta semana, a operação de retorno dos etíopes envolveu três autocarros, a distribuição de alimentos e de bebidas e exames de saúde para os retornados.

Nos testes, realizados imediatamente antes da partida, foi detetado que vários integrantes do grupo ficaram semanas sem uma refeição decente.

Recursos

A OIM estima que milhares de imigrantes etíopes embarcam anualmente em navios inseguros, para atravessar o Mar Vermelho em direção ao Iémen. Do país partem para outras nações, com destaque para a região do Golfo Pérsico.

A agência disse que, apesar de haver muito mais a ser feito, é confrontada com recursos limitados. Somente este ano, foi apoiado o regresso voluntário de 123 migrantes etíopes dos territórios da Somalilândia e da  Puntlândia.

A operação que envolve as autoridades da Etiópia e Somália, faz parte do Programa de Migração Mista Regional financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.

*Apresentação: Denise Costa.