ONU recebeu documento da Síria para adotar Convenção de Armas Químicas
Porta-voz do Secretário-Geral afirmou que o material está sendo traduzido e será estudado pelas Nações Unidas; segundo Farhan Haq adesão não será imediata.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O porta-voz do Secretário-Geral Ban Ki-moon, afirmou que a ONU recebeu, esta quinta-feira, documentos do governo da Síria para adotar a Convenção de Armas Químicas.
Segundo Farhan Haq, o material está sendo traduzido e será estudado pelas Nações Unidas. A adesão da Síria não será imediata. Ele disse que existe um processo a ser seguido.
Tratado
Haq explicou que existem várias formas de um país adotar o Tratado que Proíbe o Uso de Armas Químicas. Isso pode ser feito através da assinatura, ratificação ou por adesão, como foi o caso agora.
O porta-voz disse que esse é o primeiro passo para se tornar membro da Convenção e que o processo levará alguns dias até que o país possa formalmente adotar o Tratado que proíbe o uso desse tipo de armamento.
Relatório
Haq esclareceu que o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, ainda não recebeu o relatório da equipe de investigação da ONU, comandada por Ake Sellström, sobre o alegado uso de armas químicas na Síria.
Descartando os rumores que surgiram na imprensa de que o documento sería apresentado na segunda-feira, o porta-voz afirmou não saber quando o relatório será divulgado.
Haq disse ainda que para acelerar o processo de análise, o material colhido pela equipe de Sellström está sendo examinado em quatro laboratórios europeus.
Brahimi
Ele declarou também que o representante especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, se reuniu esta quinta-feira, em Genebra, com o secretário de Estado americano, John Kerry.
Brahimi também irá se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
O presidente do Conselho de Segurança, o embaixador australiano Gary Quinlan, afirmou esta quinta-feira, que as discussões sobre a Síria continuam, principalmente entre os cinco membros permanentes do grupo.
Segundo Quinlan, é necessário quebrar o impasse nos debates entre a China, os Estados Unidos, a França, a Grã-Bretanha e a Rússia.