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Coreia do Norte e Irã continuam sem cooperar com Aiea BR

Coreia do Norte e Irã continuam sem cooperar com Aiea

Afirmação é de Yukiya Amano, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica; ele afirma estar “muito preocupado” com anúncio de terceiro teste nuclear pelo governo norte-coreano.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, afirmou, nesta segunda-feira, estar “seriamente preocupado” com o programa nuclear da Coreia do Norte.

Em Viena, Yukiya Amano declarou que os anúncios do governo norte-coreano sobre um terceiro teste nuclear e a intenção de retomar as atividades do centro nuclear de Yongbyon, são “profundamente lamentáveis”.

Violações

Segundo o chefe da Aiea, o enriquecimento de urânio e a construção de um reator de águas leves também são outras ações da Coreia do Norte que violam resoluções do Conselho de Segurança.

Amano lembrou que desde 2009, a agência não consegue checar de perto as atividades nucleares da Coreia do Norte e por isso, as informações sobre o programa nuclear do país são limitadas.

Síria e Irã

O Irã é outro país que preocupa o diretor da Aiea, por não fornecer à agência a cooperação necessária para a garantia de que não existe material nuclear não-declarado no país.

De acordo com Amano, a Aiea não tem conseguido trabalhar com o Irã em questões relacionadas à possível dimensão militar de seu programa nuclear.

Sobre a Síria, ele apelou ao governo para que coopere em relação a um prédio destruído em Dair Alzour, em 2011. A Aiea acredita que no local havia um reator nuclear não-declarado pelo governo sírio.

Energia Nuclear 

Na reunião, Amano também citou dados das últimas projeções sobre energia nuclear, que mostram o crescimento global do setor até 2030.

A projeção de crescimento varia de 17% a 94%, com aumento das instalações de energia nuclear especialmente na Ásia. Atualmente, existem no mundo 434 reatores de energia nuclear em operação e outros 69 em construção.

O chefe da Aiea anunciou que o relatório final da agência sobre o acidente de Fusushima Daiichi, no Japão, será finalizado no fim de 2014.