Síria: Relatório documenta “uso extensivo de bombas de fragmentação”
Documento foi apresentado, esta quarta-feira, em Genebra, pela Campanha Internacional para a Proibição das Minas Terrestres; num ano, engenhos teriam sido usados pelo menos 152 vezes no país do Médio Oriente.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Campanha Internacional para a Proibição das Minas Terrestres diz que foram usadas bombas de fragmentação em pelo menos 152 locais num ano, tendo resultado em inúmeras vítimas civis na Síria.
Numa conferência de imprensa realizada, esta quarta-feira, no complexo das Nações Unidas, em Genebra, a ONG aponta o uso extensivo dos explosivos pelas forças do governo sírio para bombardear áreas civis.
Feridos
O relatório Monitor de Munições de Fragmentação refere que as forças sírias teriam usado as munições de fragmentação no período entre junho de 2012 e junho deste ano. As baixas registadas durante o período seriam de pelo menos 165 feridos, considerado o mais alto entre os países mencionados.
O editor do relatório Monitor de Munições de Fragmentação de 2013 foi Mary Wareham da Ong de direitos humanos, Human Rights Watch. Ela falou de deslocações períodicas ao país para tentar documentar o uso dos engenhos.
Regime
Segundo contou, foram registados inúmeros vídeos e outras evidências visuais por ativistas cidadãos que os colocaram na internet, mas disse que não podia dizer com certeza onde e quando as bombas de fragmentação foram utilizadas pelo regime sírio.
Como referiu, há crença de que o uso das munições possa ter diminuído, mas não há certezas. O que se sabe é que um grande número de munições de fragmentação teria causado vítimas em áreas urbanas em locais como escolas, ruas e aldeias.
A Síria não é signatária da Convenção sobre Munições de Fragmentação. O relatório menciona também suspeitas de uso de munições de fragmentação por exércitos do Mianmar, do Sudão, da Líbia e da Tailândia.
*Apresentação: Denise Costa.