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Crise na Síria leva crianças carentes do Rio a querer saber mais sobre ONU BR

Crise na Síria leva crianças carentes do Rio a querer saber mais sobre ONU

Alunos do Projeto Uerê, no Complexo da Maré, assistem à palestra de um funcionário das Nações Unidas, nesta sexta-feira, a convite da diretora da escola, Yvonne Bezerra de Mello.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A violência na Síria e a crise política no Egito despertaram a atenção de crianças carentes de uma escola do Rio de Janeiro para a importância das Nações Unidas.

De acordo com a diretora do Projeto Uerê, que adota o método alternativo de ensino, Uerê-Mello, os alunos começaram a perguntar sobre o papel da ONU e outras organizações na resolução de conflitos.

História da África

A diretora da escola, Yvonne Bezzera de Mello, decidiu então contatar um funcionário das Nações Unidas no Brasil para falar aos alunos.

Nesta entrevista à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, Yvonne Bezerra de Mello, afirmou que o currículo escolar deveria incluir uma disciplina sobre o tema.

“Nesse momento, onde existem tantos conflitos no mundo não é só na Síria. Houve o Egito, Mianmar, vários países africanos, nós estudamos aqui a História da África, eu acho importante para eles saberem como existe um órgão onde isso é discutido. Eu acho que nas aulas de história tinha que ter um capítulo na parte curricular, a resolução de conflitos em países em litígio porque isso está existindo cada vez mais. Eu acho que é uma falha de escolas do mundo todo não ensinar isso.”

O funcionário das Nações Unidas, da área de segurança e salvaguarda, Paulo Rodrigues, contou à Rádio ONU como as crianças reagiram à palestra sobre a organização, nesta sexta-

Paulo Rodrigues Foto: Arquivo pessoal feira na escola do Projeto Uerê.

Adolescentes

“Nota-se que eles, inclusivamente, estão muito atentos aos noticiários da TV também. E é interessante porque parece que estamos a falar com pessoas de uma idade mais avançada, e eles são adolescentes.”

O Projeto Uerê funciona no Complexo da Maré e atende a crianças de seis a 18 anos. A iniciativa é patrocinada por fundações nacionais e internacionais assim com organizações do setor privado.

De acordo como o Uerê, a missão é promover inclusão social, a autoestima e a cidadania de crianças carentes.