Documento concluiu que projetos de alimentação são importantes para a proteção social, segurança alimentar e nutrição infantil; agência da ONU fez a pesquisa em oito países da América Latina.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Um estudo feito pelo escritório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, no Brasil, mostrou avanços nos programas de merenda escolar e os vínculos com a agricultura familiar.
Segundo o documento, os projetos de alimentação, como o da merenda escolar, são importantes para a proteção social, para a segurança alimentar e para a nutrição infantil.
Solução
O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que “essa é uma solução triplamente ganhadora: garante alimentação de qualidade para os estudantes, abre um novo mercado e a possibilidade de maior renda e promove o desenvolvimento local.”
A publicação “Panorama da Alimentação Escolar e Possibilidades de Compra Direta da Agricultura Alimentar” teve como base os dados colhidos em oito países latino-americanos, entre eles, Bolívia, Colômbia, El Salvador e Guatemala.
Incentivo
O estudo diz que os programas incentivam a permanência na escola e maior aprendizagem. Ao mesmo tempo, o consumo de alimentos produzidos pela agricultura familiar fomenta o desenvolvimento econômico.
A área da pesquisa abrange 31 milhões de estudantes matriculados em escolas públicas e particulares e o orçamento anual destinado à merenda escolar nos oito países chega a US$ 900 milhões, o equivalente a R$ 1,8 milhão.
A pesquisa faz parte do projeto de Fortalecimento de Programas de Alimentação Escolar.
Perspectivas
A iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025 foi implementada pela FAO em parceria com o governo brasileiro.
O boletim trimestral de Segurança Alimentar da agência da ONU mostrou que até junho deste ano, foram registradas perspectivas positivas para toda a região.
Segundo o levantamento, a América Latina e o Caribe representam a área que mais avançou no mundo no combate à fome.
Em junho, a FAO informou que 12 países da região conseguiram atingir o nível 1 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em relação à subnutrição. Isso quer dizer, que essas nações cortaram, pela metade, o índice de pessoas que sofrem desse problema.