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No Tajiquistão, Moçambique fala da partilha de água e gestão de cheias

No Tajiquistão, Moçambique fala da partilha de água e gestão de cheias

Acordos sobre o recurso, disputas e sustentabilidade estão entre os temas abordados, até esta quinta-feira, na Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Cooperação pela Água.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique destacou a sua experiência em acordos sobre recursos hídricos e a gestão de inundações na Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Cooperação pela Água.

O evento decorre, até esta quinta-feira, na capital do Tajiquistão, num momento as Nações Unidas consideram estar marcado pelo aumento de pressões sobre os recursos hídricos que fazem crescer o risco de disputas e de conflitos.

Gestão dos Rios

Em entrevista à Rádio ONU, de Dushanbe, o vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, fez menção à forma como o país tem lidado com a gestão dos rios.

“Uma experiência que trazemos é dos esforços no sentido de mantermos firmes os acordos que temos com os países que estão à montante de Moçambique, no sentido de garantir que a água possa fluir nos caudais mínimos estabelecidos. Viemos para trazer a nossa experiencia, mas também aprendermos que os países estão a fazer nessas matérias ”, salientou.

Calamidades 

A ONU refere que um terço dos sete mil milhões de habitantes do planeta vive em nações onde constrangimentos ligados à água são de nível moderado ou elevado.

Mas a propensão de Moçambique para calamidades naturais levou o país a expor experiências reveladas pelo governante no evento internacional.

Infraestruturas

“Nas várias cheias aprendemos a gerir a água. Achámos que as infraestruturas como a criação de barragens, de forma adequada e também para não agredir ao meio ambiente  é uma experiência para a qual temos que investir. As infraestruturas serviriam para evitar que as cheias provoquem danos mas,  por outro lado, garantir que na época seca possamos ter água para o consumo humano mas também para a irrigação, garantindo que a nossa agricultura possa funcionar”, revelou.

Consumo e Produção

A ONU pede que aos países à montante e à jusante que cooperem para a partilha dos recursos hídricos, mas também para a proteção sustentável e a sua gestão. 

Com o aumento da população a organização prevê que a escassez e a poluição da água possam intensificar-se, particularmente se o consumo e produção alimentar forem insustentáveis.