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FAO: América Latina deve ajudar no desenvolvimento da África BR

FAO: América Latina deve ajudar no desenvolvimento da África

Diretor-geral da agência reiterou compromisso de fortalecer as relações entre os dois continentes; Graziano da Silva que adotar e ampliar boas práticas que promovam o desenvolvimento agrícola da região subsaariana.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que chegou o momento de a América Latina aumentar sua contribuição para o desenvolvimento da África.

A declaração foi feita durante a segunda reunião dos ministros da agricultura dos países da África Subsaariana e da Argentina. O encontro está sendo realizado em Buenos Aires até esta sexta-feira.

Potencial

O ministro da agricultura argentino, Norberto Yauhar, elogiou o papel da FAO para promover a cooperação internacional. Ele disse que a Argentina criou o “Programa Agricultores Sem Fronteiras” para compartilhar as experiências e lições aprendidas com outros países.

No encontro, Graziano da Silva falou sobre o potencial da cooperação sul-sul e reiterou o compromisso da FAO para fortalecer e ajudar no intercâmbio entre os dois lados. O objetivo é adotar, adaptar e ampliar boas práticas que promovam o desenvolvimento agrícola.

O diretor-geral da FAO citou ainda as oportunidades para reforçar a cooperação mútua entre os países que enfrentem os mesmos desafios, como também, que tenham as mesmas características geográficas, sociais e climáticas.

Cooperação

Para Graziano da Silva, a cooperação internacional é a chave para se alcançar um futuro sustentável e sem fome. Segundo ele, no mundo globalizado atual, é impossível conseguir erradicar a fome ou a pobreza extrema sem que todos trabalhem juntos nesse sentido.

O perfil internacional da iniciativa de cooperação sul-sul da FAO ganhou mais importância nos últimos anos e oferece uma alternativa na promoção do desenvolvimento.

Desde que a FAO lançou essa iniciativa em 1996, mais de 50 acordos de cooperação foram fechados. Além disso, mais de 1,6 mil especialistas e técnicos em desenvolvimento foram enviados para ajudar os países em seus projetos de segurança alimentar.