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Ban: líderes e autoridades têm obrigação de acabar com violência no Egito BR

Ban: líderes e autoridades têm obrigação de acabar com violência no Egito

Declaração foi feita durante entrevista a correspondentes estrangeiros, na sede da ONU, nesta segunda-feira; Ban comentou ainda a situação na Síria e no Paquistão.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O chefe das Nações Unidas afirmou que a responsabilidade para pôr fim à violência política no Egito está nas mãos dos líderes e das autoridades do país árabe.

Ban Ki-moon fez a declaração durante uma entrevista a correspondentes estrangeiros na sede da ONU, nesta segunda-feira, em Nova York.

Policiais

Ele contou que está “alarmado com os protestos violentos no Egito e com o uso excessivo da força para combater as manifestações.”

Segundo agências de notícias, mais de 800 pessoas teriam morrido no Egito, desde a última quarta-feira, incluindo dezenas de policiais e outros militares.

Ao responder a pergunta de um jornalista sobre a crise política, Ban informou que tem estado em contato telefônico com líderes do país árabe e voltou a afirmar que defende a realização de um diálogo de reconciliação nacional para o país que seja inclusivo.

Na semana passada, o Conselho de Segurança realizou uma sessão de emergência sobre o tema.

Israelenses e Palestinos

O Secretário-Geral lembrou das viagens oficiais que fez ao Paquistão, a Israel, à Jordânia e à Palestina, na semana passada.

Ban Ki-moon disse que não há mais tempo a perder para se atingir a paz na região.

Ele disse que os negociadores e os líderes israelenses e palestinos devem intensificar os esforços para um acordo.

Ao comentar a violência na Síria, Ban lembrou que após cinco meses de tentativas, uma equipe que investiga alegações de uso de armas químicas no país finalmente iniciou seus trabalhos nesta segunda-feira.

Coreia do Sul

O grupo deve permanecer na Síria por duas semanas.

Ban disse que o uso de armas químicas é um crime internacional. E afirmou que os responsáveis terão que prestar contas de seus atos.

O Secretário-Geral encerrou o encontro com jornalistas dizendo que irá realizar uma viagem oficial à Coreia do Sul nesta quarta-feira.