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Assembleia Geral quer estimular promoção de investimentos em África

Assembleia Geral quer estimular promoção de investimentos em África

Países-membros reafirmam cooperação com a  Nova Parceria para o Desenvolvimento do continente; preocupação inclui fatia africana no volume do comércio internacional, estimada em cerca de 3%.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A promoção de investimentos no continente africano deve ser abordada numa reunião plenária de alto nível da Assembleia Geral da ONU, a decorrer em setembro, em Nova Iorque.

A recomendação do órgão foi feita, nesta quinta-feira, numa resolução que apela ao debate global sobre a questão. O documento foi aprovado, por aclamação, no âmbito da cooperação entre as Nações Unidas e a  Nova Parceria para o Desenvolvimento de África, Nepad.

Comércio

Os países-membros da organização revelam apreensão pelo que chamam  participação africana “desproporcionalmente baixa” no volume do comércio internacional, estimada em cerca de 3%.

Falando à Rádio ONU, o representante permanente da União Africana nas Nações Unidas, Tete António, revelou os contornos da aplicação do documento intitulado “Nova Parceria para o Desenvolvimento de África: o Progresso na Implementação e Apoio Internacional”.

Polémica

“Houve resoluções das Nações Unidas sobre as necessidades especiais de África. Tinha sido decidida a criação de um mecanismo de acompanhamento. Para tal, é preciso reforçar o bureau do Conselheiro do Secretário-Geral para os assuntos africanos. Esse é um dos objetivos desta resolução. Esta é a questão mais polémica durante as negociações ‘O que significa esse reforçar quanto às implicações financeiras?’. Mas chegamos a um acordo com os nossos parceiros europeus. Concordamos sobre o reforço e quanto às outras implicações, vamos ver”, referiu.

Na resolução, vem manifestada a preocupação com o facto de o continente ser um dos mais atingidos pelo impacto da crise económica e financeira. O órgão  reafirma a necessidade de mais apoio às necessidades especiais de África.

Crescimento Inclusivo

O documento frisa que o investimento direto estrangeiro tem um papel fundamental na concretização dos objetivos de desenvolvimento e de crescimento económico inclusivo em África.

Entre os benefícios estão a promoção da criação de empregos e a erradicação da pobreza, além do contributo para a participação ativa das economias africanas na economia global, na facilitação da cooperação económica e integração regional.