Ocha quer ação imediata para ajudar República Centro-Africana
Chefe da agência humanitária da ONU disse que o país pode se tornar um Estado falido se comunidade internacional não agir; Valerie Amos afirmou que toda a população foi afetada pela crise.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A chefe do Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, Valerie Amos, alertou que a República Centro-Africana pode se tornar um Estado falido se a comunidade internacional não agir imediatamente.
A declaração de Amos foi feita num briefing no Conselho de Segurança sobre a deterioração da situação humanitária no país africano.
Emergência
Ela disse aos integrantes do Conselho que o problema passou de uma crise de longo prazo de pobreza e vulnerabilidade crônica para uma emergência complexa, caracterizada pela violência.
Amos afirmou que essa crise pode se espalhar para outros países se não for tratada de forma adequada.
A ONU calcula que toda a população da República Centro-Africana, aproximadamente 4,6 milhões de pessoas, tenha sido afetada pelos problemas.
Rebeldes
Segundo a chefe do Ocha, a situação começou a se deteriorar em dezembro do ano passado quando os rebeldes do grupo Seleka tomaram o controle de cidades na região norte do país, antes de seguirem para a capital, Bangui.
Amos explicou que dos 4,6 milhões afetados pela crise, 1,6 milhão necessitam urgentemente de assistência, incluindo alimentos, água, saneamento básico e segurança.
Ela pediu ao Conselho de Segurança que adote medidas para restaurar a segurança e a estabilidade na República Centro-Africana e também que o órgão da ONU informe a todas as partes envolvidas no conflito sobre suas responsabilidades perante as leis internacionais humanitária e sobre os Direitos Humanos.