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Dia Internacional da Juventude tem como foco migração BR

Dia Internacional da Juventude tem como foco migração

Secretário-Geral da ONU disse que os jovens correspondem a 10% dos 214 milhões de pessoas que migram para outro país anualmente; Ban Ki-moon afirmou que uns estão fugindo de perseguições e outros das dificuldades econômicas.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O Dia Internacional da Juventude, comemorado esta segunda-feira, 12 de agosto, tem como foco a questão da migração dos jovens.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que dos 214 milhões de migrantes internacionais, que buscam todos os anos uma vida melhor em outros países, os jovens representam mais de 10% desse total.

Razões

Segundo Ban, pouco se sabe sobre suas lutas e suas experiências, mas as razões para a mudança são várias.

O chefe da ONU explicou que uns estão fugindo de algum tipo de perseguição e outros das dificuldades econômicas no país de origem. Muitos estão sozinhos ou acompanhados da família, pai, mãe e irmãos.

Ele afirmou que alguns jovens têm lugar para ficar e outros vão ter de criar novos contatos. Ban declarou que durante o percurso entre o país de origem e o de chegada, muitos jovens enfrentam lutas iguais ou maiores.

Racismo

Entre os desafios estão o racismo, a xenofobia, a discriminação e as violações dos direitos humanos. Segundo Ban, as mulheres jovens, em particular, enfrentam ainda o risco de exploração e abuso sexual.

O Secretário-Geral disse que entre os aspectos comuns na vida dos migrantes estão a pobreza, as condições de vida insalubres e os desafios para encontrar um emprego decente. Tudo isso acaba se acentuando pela atual crise financeira e econômica global.

Eles são frequentemente acusados pelas comunidades e políticos de roubarem os empregos locais, aumentando ainda mais o risco de discriminação.

Contribuição

Para Ban, é importante citar a importante contribuição que estes jovens dão às sociedades, tanto de origem, como a de trânsito e a do destino final.

O chefe da ONU declarou que a maioria trabalha muito para se sustentar e melhorar as condições de vida. Além disso, o dinheiro que eles mandam para ajudar suas famílias no país de origem movimenta a economia.

Ban afirmou que quando os migrantes voltam para casa, eles impulsionam o desenvolvimento ao aplicar a experiência que adquiriram no estrangeiro.

Em outubro, a Assembleia Geral da ONU vai realizar o segundo Diálogo de Alto Nível sobre Migração Internacional e Desenvolvimento. O Secretário-Geral pediu aos Estados-membros que levem em consideração a migração jovem.