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OMS quer usar produtos químicos para combater malária na África BR

OMS quer usar produtos químicos para combater malária na África

Agência da ONU vai ensinar países na região de Sahel como implementar o sistema de Prevenção Química da Malária Sazonal; doença continua sendo um grande problema de saúde em muitas partes do mundo.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou esta sexta-feira um guia para que os países adotem e implementem o sistema de prevenção química para combater a malária sazonal.

O foco da OMS é cobrir a região de Sahel, na África, muito atingida pela doença.

Tratamento

O sistema, também chamado de SMC pela sigla em inglês, é um tratamento químico completo que deve ser aplicado mensalmente em crianças com idades que variam de três meses a cinco anos.

O processo começará no início da temporada de transmissão da doença. Segundo a OMS, a malária continua sendo um grande problema de saúde em várias partes do mundo.

Por toda a região de Sahel, a maioria das mortes infantis acontece durante a temporada de chuvas, que é geralmente curta.

Prevenção

Os médicos disseram que os tratamentos realizados durante este período provaram ser eficazes na prevenção da doença e também na redução do número de mortes.

A OMS lembrou que não existe apenas uma forma de se combater a malária. Além do sistema de prevenção química, sugerido agora, a agência da ONU recomenda, entre outros, o uso de mosquiteiros e de inseticidas nas residências.

Vacina

Em Genebra, esta sexta-feira, o representante da agência da ONU, Tarik Jasarevic, saudou a notícia de uma possível vacina contra a malária.

Ele citou que várias outras pesquisas estão sendo feitas também neste sentido e que ainda é muito cedo para que se possa calcular o impacto que isso possa ter na saúde pública.

A Organização Mundial da Saúde informou que a malária atinge 99 países. Em 2010, por exemplo, foram registrados aproximadamente 219 milhões de casos no mundo inteiro, mais de 650 mil pessoas morreram por causa da doença, a maioria crianças menores de 5 anos.