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Moçambique faz parte de plano sobre saúde reprodutiva de adolescentes

Moçambique faz parte de plano sobre saúde reprodutiva de adolescentes

No projeto a ser desenvolvido nos próximos três anos, Unfpa tem na mira meninas desfavorecidas, marginalizadas e mulheres jovens; maioria de menores que dão parto antes dos 18 anos está em África.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Moçambique está entre os oito países africanos incluídos num plano  do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, para melhorar a saúde reprodutiva de adolescentes.

A informação foi dada pelo diretor executivo da agência,  Babatunde Osotimehin, na Conferência Internacional sobre a Saúde Materna, Neonatal e Infantil em África. O evento decorreu, até este sábado, em Joanesburgo.

Marginalizadas

Ao longo dos próximos três anos, a agência promete distribuir uma vasta gama de serviços de saúde sexual e reprodutiva para os jovens. O alvo são meninas desfavorecidas, marginalizadas e mulheres.

Considera-se que os grupos sejam os de maior risco de má saúde sexual e reprodutiva, violência e exploração. Os países abrangidos na parceria incluem a República Democrática do Congo, a Etiópia, o Níger, a Nigéria, a Serra Leoa, o Sudão do Sul e a Tanzânia.

Educação

Cerca de 45 milhões das adolescentes entre os 15 e 19 anos vivem na África Subsaariana, refere o Unfpa. Para o grupo, a agência quer ajudar a “garantir um boa educação, a capacidade de decidir sobre o momento apropriado para o casamento e para ter filhos.”

Pretende-se, igualmente, que as meninas “se protejam contra o HIV, da violência, e tenham a sua justa parte de oportunidades de trabalho para contribuir para o desenvolvimento económico dos seus países.”

Fora da Escola

O Unfpa destaca que a gravidez e as complicações relacionadas com o parto são a principal causa de morte de meninas entre 15 e 19 anos nos países em desenvolvimento. Grande parte das 7,3 milhões de menores de 18 anos que, anualmente, dão à luz está em África.

Além de defender uma maior aproximação com as autoridades dos países, o Unfpa quer criar programas para garantir que as jovens dentro e fora da escola tenham acesso à educação sexual. A ideia é que as iniciativas sejam abrangentes e “na idade apropriada com vista a preparar o grupo para a vida adulta.”