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Alta comissária da ONU quer investigação sobre execuções na Síria BR

Alta comissária da ONU quer investigação sobre execuções na Síria

Em comunicado, Navi Pillay citou alegações de que grupos armados da oposição teriam matado dezenas de soldados do governo capturados após a batalha de Khan Al-Assal, no mês passado.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas querem a abertura de um inquérito sobre alegações de execuções por membros da oposição na Síria.

A investigação foi pedida pela alta comissária de direitos humanos, Navi Pillay.

Vídeos

Ela citou imagens, colocadas na internet por grupos de oposição, nas quais soldados sírios aparecem sendo obrigados a deitar no chão. Nas imagens seguintes, vários corpos são mostrados perto de uma parede. Os vídeos foram divulgados entre 22 e 26 de julho.

Pillay afirmou que as alegações de assassinatos são “profundamente chocantes”. De acordo com os relatos, os soldados sírios teriam sido executados por grupos armados da oposição após uma batalha no vilarejo de Khan al-Assal, perto da cidade de Alepo, no mês passado.

A alta comissária da ONU disse que é preciso punir os responsáveis por violações das leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos.

Padrão

Ela disse ainda que a equipe dela na região está investigando os relatos e examinando as imagens. Em um dos vídeos,  a maioria dos soldados mortos parece ter sido baleada na cabeça.

Pillay informou que, com base nas imagens, grupos armados de oposição podem ter matado pelo menos 30 pessoas, a maior parte soldados sírios.

A alta comissária lembrou ainda que a Comissão de Inquérito sobre a Síria já chamou a atenção para o que considera um padrão de execuções sumárias e assassinatos levados a cabo por membros do governo e milícias associadas, ma também por grupos armados antigoverno.

Navi Pillay afirmou que as forças de oposição não devem pensar que estão imunes de processo, e que elas também têm que respeitar as leis internacionais.

Ela encerrou a nota elogiando a notícia de que investigadores da ONU irão visitar três locais, onde armas químicas teriam sido usadas incluindo Khan al-Assal.