Ugandesa é nova enviada de Ban Ki-moon sobre o HIV/Sida em África
Cirurgiã de profissão, Speciosa Wandira-Kasibwe foi vice-presidente do seu país durante 11 anos; ações envolvem trabalho com todos os setores da sociedade no combate à pandemia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral das Nações Unidas anunciou, esta quinta-feira, a nomeação da ugandesa Speciosa Wandira-Kasibwe como sua enviada especial para HIV/Sida em África.
A primeira mulher a ocupar a vice-presidência de uma nação africana, entre 1993 a 2004, é assessora do líder ugandês para a População e Saúde. Ela lidera o conselho de administração de um órgão a cargo do apoio às microfinanças no Uganda.
Compromisso
Na nota sobre a nomeção, a cirurgiã de profissão, é enaltecida pelo “alto compromisso na resposta ao HIV” como membro ativo da Liga dos Campeões para uma Geração Livre do HIV.
Wandira-Kasibwe tem um doutoramento em Ciências de Saúde Global e População pela Universidade de Harvard.
Participação
A ONU refere que no novo cargo, a enviada deve apoiar a promoção do combate à sida em África, ao defender o envolvimento pró-ativo e a participação de todos os setores da sociedade.
As Nações Unidas destacam ter havido progressos significativos para conter a epidemia do HIV no continente. Em 2011, foram registadas menos 32% de mortes relacionadas com a Sida comparativamente a 2005, além da queda de infeções em 33% na década que começou em 2001.
Estigma
Mas a nota refere que África continua a ser o continente mais afetado pelo vírus, ao ser habitado por 69% dos 34 milhões de pessoas que vivem com o HIV em todo o mundo.
O cargo era ocupado por Asha-Rose Migiro, que antes do posto foi vice-secretária-geral da ONU.
A diplomata tanzaniana mereceu a apreciação do Secretário-Geral pelo serviço dedicado à organização e o seu compromisso ao advogar sobre os esforços contra o estigma e a discriminação relacionados com o vírus da sida, a nível global.