Ataques no Iraque matam mais de 50 e deixam ao menos 200 feridos
Chefe interino da Missão da ONU no país diz que níveis de violência são recorde; carros-bomba explodiram em várias cidades incluindo Bagdã; Gyorgy Busztin, país corre risco de retroceder em conflitos sectários.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
Uma onda de ataques, nesta segunda-feira, causou a morte de mais de 50 pessoas no Iraque e deixou ao menos 200 feridas.
Em nota, a Missão da ONU no país, Unami, informou que as mortes ocorreram após a explosão de carros-bomba em várias cidades iraquianas incluindo a capital, Bagdá. Os atentados foram realizados em áreas habitadas, na maioria, por xiitas.
Ramadã
O representante interino do Secretário-Geral da ONU no Iraque, Gyorgy Busztin, disse que o aumento da violência é sinal de preocupação. Segundo ele, o país corre o risco de sofrer uma recuada “em conflitos sectários.”
Ele lembrou ainda que os ataques estão ocorrendo durante o mês considerado sagrado do Ramadã, e que a violência está atingindo “níveis recordes”.
De acordo com agências de notícias, somente em julho 700 pessoas teriam morrido no Iraque. Desde abril, o número de mortos seria de 2,5 mil. É a maior onda de violência dos últimos cinco anos.
Busztin encerrou a nota pedindo que as autoridades do Iraque tomem providências para evitar o que ele chamou de “mais derramento desnecessário de sangue.”
*Apresentação: Mônica Villela Grayley.