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Ban: Egito deve soltar Mursi e outros presos ou demonstrar transparência BR

Ban: Egito deve soltar Mursi e outros presos ou demonstrar transparência

Secretário-Geral manifestou preocupação com situação na nação árabe; mais manifestações foram marcadas para esta sexta-feira em Cairo, capital do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Secretário-Geral da ONU afirmou que as autoridades egípcias devem pôr um fim a todas as prisões arbitrárias no país, e libertar o ex-presidente Mohammed Mursi assim também como outros integrantes do partido Irmandade Muçulmana.

A declaração é parte de uma nota emitida pelo porta-voz de Ban na noite de quinta-feira, em Nova York. Para Ban, se não forem soltos, as autoridades precisam demonstrar transparência na revisão dos casos que pesam contra os detidos.

Simpatizantes e Opositores

Nesta sexta-feira, novas manifestações foram anunciadas nas ruas do Cairo, capital do Egito, contra a situação política do país, que está sendo comandado pelo Exército e um grupo de civis desde a saída de Mursi do poder, no início do mês.

A alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que está “alarmada” com algumas declarações do Exército egípcio.

Segundo agências de notícias, os militares do país teriam alertado que usariam a força de forma decisiva para enfrentar os protestos desta sexta-feira. Pelos relatos, as manifestações seriam de opositores e simpatizantes de Mohammed Mursi.

Período Inicial

Pillay lembrou ainda que, de acordo com relatos, os militares teriam afirmado no momento da saída de Mursi do poder, que ele seria questionado pela justiça por um período inicial de 15 dias, o que expirou em 18 de julho.

A alta comissária da ONU disse que vai acompanhar a situação política no Egito. Segundo ela, todos têm direito de protestar de forma pacífica. E a proteção dos manifestantes é trabalho das forças de segurança do país, independentemente do que eles professem politicamente.

Já o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, afirmou que o Egito precisa promover um diálogo nacional e inclusivo.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.