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Presença de português em África pode ajudar a catapultar língua

Presença de português em África pode ajudar a catapultar língua

Em entrevista à Rádio ONU, Álvaro de Mendonça e Moura afirmou que demografia e desenvolvimento dos países lusófonos devem ajudar a catapultar a promoção do idioma no mundo.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A importância geoestratégica dos países que falam o português vai ajudar o idioma a crescer no mundo. A previsão é  do novo embaixador de Portugal junto às Nações Unidas.

Em entrevista à Rádio ONU, Álvaro Mendonça e Moura lembrou que o português está presente em todos os continentes com destaque para África, que concentra cinco nações de língua portuguesa.

Mundo Diferente

Para o embaixador a demografia lusófona é jovem e está em pleno desenvolvimento.

“A importância crescente do português é imparável. Mesmo que não fizéssemos nada, ela ia se verificar. Ou seja, nós temos o tempo a correr a nosso favor. Basta olhar para as projeções demográficas a longo prazo para nos darmos conta de como o mundo vai ser diferente.”

Especialistas afirmam que até 2050, o português terá mais de 300 milhões de falantes nativos, mais de 50 milhões que o número atual de pessoas que usam o português como primeira língua.

Ásia

Segundo o embaixador, o mais novo país de língua portuguesa, Timor-Leste, ajuda a ampliar a presença do idioma até a Ásia, uma condição vital para o aspecto global da língua.

“Ora o português está na Europa, onde nasceu. Está em África, onde temos o maior número de países lusófonos. Está na Ásia com o Timor-Leste, mas também em Malaca, em Macau, para já não falar de outras comunidades mais pequenas, e está obviamente na América Latina, onde reside o maior número de falantes. Ou seja, é uma língua de dimensão mundial.”

A promoção do português como idioma internacional é uma das prioridades da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. A entidade também se ocupa de aumentar a utilização do português em organizações internacionais como as Nações Unidas.

A medida é parte de uma estratégia de promoção, proposta durante a presidência rotativa de Portugal no bloco, em 2008, e endossada por todos os países-membros da Cplp.

 *Apresentação: Eleutério Guevane.