Unesco condena morte de jornalista que cobria protestos no Egito
Agência pede respeito do direito dos profissionais da área de trabalhar em segurança; Ahmed Assem el-Senousy, de 26 anos, foi morto a tiros na capital, Cairo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A morte de um jornalista fotográfico durante a cobertura de uma manifestação no Egito foi condenada, esta quarta-feira, pela Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Ahmed Assem el-Senousy, de 26 anos, foi morto a tiros a 8 de julho na capital, Cairo. A agência instou as autoridades a respeitar o direito dos jornalistas de realizar o seu trabalho em condições seguras.
Confrontos
O apelo surge no momento em que agências noticiosas falam de constante violência no país. Os últimos relatos de maior impacto dão conta da morte de sete pessoas e cerca de 400 detidos em confrontos no Cairo no domingo.
Após a morte do profissional do jornal Al-Horreya-Wal-Adalah, ou Liberdade e Justiça, em tradução livre, a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, pediu o respeito dos envolvidos à necessidade dos jornalistas exercerem a sua profissão em segurança.
Segundo Bokova, a sociedade depende de uma media livre e independente para que sejam feitas escolhas informadas. O último registo de um jornalista morto ocorreu há dois anos no país do norte de África.