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Angola e Namíbia coordenam ações para deter crise da seca, diz Unicef

Angola e Namíbia coordenam ações para deter crise da seca, diz Unicef

Agência lança apelo de US$ 14,3 milhões para ajudar a população afetada no país de língua portuguesa; Namíbia tem mais de 109 mil número de crianças atingidas com menos de cinco anos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, anunciou que trabalha em conjunto com as autoridades angolanas e namibianas para tentar amenizar a situação causada pela seca.

Num comunicado, lançado esta terça-feira, a agência da ONU diz acreditar que milhões de crianças no país de língua portuguesa possa vir a ser severamente afetadas pelos impactos do fenómeno.

Namíbia

Cerca de US$ 14,3 milhões são necessários para ajudar a população afetada em Angola, refere o Fundo, que sublinha que a vizinha Namíbia também é atingida.

A representante do Unicef na Namíbia, Micaela de Sousa, contou à Rádio ONU, de Windhoek, as áreas de cooperação com vista a abordar os efeitos da seca.

Casos de Cólera

“Para termos intervenções fronteiriças. Neste momento, estamos programando fazer uma avaliação, mas já sabemos que é preciso, por exemplo, gerir a situação da potencial cólera. Já é sabido que nos hospitais (da Namíbia) estamos recebendo casos de cólera provenientes de Angola. Temos que ter em conta a travessia entre os dois países. Os angolanos atravessam para a Namíbia, mas também os namibianos atravessam para o outro lado, principalmente em busca de pasto para os seus animais.”

O Unicef pretende  evitar uma crise nutricional e de saúde nos dois países com o apoio aos governos na prevenção e tratamento da desnutrição e de doenças.

Na Namíbia, mais de 778 mil são afetadas pela seca, incluindo 109 mil crianças menores de cinco anos de idade. O Unicef fez um apelo de US$ 7,4 milhões para o país.

*Apresentação: Eleutério Guevane.