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Sudão do Sul: ONU fala de centenas de baixas ao retomar ajuda a Jonglei

Sudão do Sul: ONU fala de centenas de baixas ao retomar ajuda a Jonglei

Organização confirma mais de 200 feridos após uma mobilização armada de jovens; agências pedem acesso imparcial, incondicional e irrestrito a civis afetados por confrontos entre forças de segurança e grupos armados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas lançaram um apelo às autoridades centrais, locais e tradicionais para que cessem urgentemente a onda de violência intercomunitária no estado de Jonglei, no Sudão do Sul.

Em nota, emitida nesta segunda-feira, o coordenador Humanitário da organização no país africano, Toby Lanzer, disse que tais atos levam à perda sem sentido de vidas e ao sofrimento dos civis.

Mobilização Armada

O responsável anunciou o atendimento de mais de 200 feridos após uma mobilização armada de jovens, que culminou com confrontos em várias partes do município de Pibor, no estado de Jonglei.

Agências humanitárias anunciaram que, pela primeira vez, tiveram acesso às áreas da região nesta segunda-feira. Milhares de civis abrigaram-se no mato para fugir de confrontos entre forças de segurança e grupos armados.

Médicos

As Nações Unidas, o Serviço Aéreo Humanitário da ONU e a Organização Mundial da Saúde estão a transferir parte dos feridos graves da área de Manyabol para serem tratados por médicos de ONGs.

Lanzer pediu a todas as partes envolvidas na violência que garantam o acesso imparcial, incondicional e irrestrito aos civis mais necessitados pelos organismos de auxílio.

As organizações não-governamentais e agências da ONU avaliam as necessidades em regiões vizinhas de Dorain, Fertait e Labrab para montar uma resposta humanitária. Além de setores de atuação em outras partes do estado, a área de cuidados médicos urgentes deve ter maior foco na operação.