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Brown revela alternativas para os que falham nas metas de educação

Brown revela alternativas para os que falham nas metas de educação

Falando a centenas de jovens no primeiro Dia de Malala, na sede da ONU, o enviado especial para a Educação Global diz que plano detalhado dos governos deve incluir alternativas de financiamento para os próximos três anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O enviado especial da ONU para a Educação, Gordon Brown, pediu que seja feito um plano para impulsionar o ingresso das crianças no setor, por países que não cumpram os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

Falando, esta sexta-feira, na sede das Nações Unidas, Gordon Brown disse que, em todo o mundo, faltam 4 milhões de salas de aula.

Dia de Malala

As declarações do antigo primeiro-ministro britânico foram feitas, numa Assembleia de Jovens de mais de 100 países que celebrou o primeiro Dia de Malala.

O encontro foi realizado na presença da adolescente do Paquistão, que foi alvejada por extremistas Taleban a caminho da escola a 8 de outubro do ano passado. 

Jovens

No princípio do pronunciamento, o enviado arrancou ovações ao congratular Malala pelos seus 16 anos, e ter revelado que a data é celebrada por milhares de jovens em mais de 100 nações, cidades e municípios.

Gordon Brown falou dos perigos enfrentados pelos menores que pretendem ir à escola, tendo destacado as esperanças perante o drama das jovens mulheres.

Detalhes

Para o enviado há um novo super poder no mundo, o poder de milhares de jovens de mudar o mundo e providenciar educação para todos. Como referiu, o próximo passo deve ser que todo o governo que falhe em cumprir o direito universal à educação deve conceber um plano, descrever os detalhes e como este deve ser financiado para que até finais de 2015, no cumprimento dos Objetivo de Desenvolvimento dos Milénio toda a criança esteja matriculada na escola.

A ONU estima que mais de 120 milhões de jovens entre os 15 e os 24 anos não têm conhecimentos básicos de leitura e de escrita. Brown destaca que o acesso à escola é uma questão de direitos.

O enviado sublinhou que nenhum tipo de intimidação, ameaça ou bala de assassinos devem negar o direito da criança à educação, particularmente para os 57 milhões de meninas e meninos sem acesso ao setor.

A primeira aparição pública de Malala, no dia do seu aniversário, foi feita após um longo período de recuperação no Paquistão e na capital britânica,  Londres.