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Unesco apela ao fim do assassinato de jornalistas, após morte de somali

Unesco apela ao fim do assassinato de jornalistas, após morte de somali

Liban Abdullahi Farah levou tiros de homens não-identificados no domingo; chefe da agência da ONU condena ainda morte de jornalistas na Rússia e no México.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, apelou às autoridades somalis a não medir esforços para impedir assassinatos de jornalistas.

Em nota, publicada, esta esta quinta-feira, Irina Bokova manifesta profunda preocupação com a segurança de jornalistas no país, na sequência do assassinado de Liban Abdullahi Farah, no domingo.

Dia Negro

A chefe da Unesco condena o crime e salienta que a ação marcou “mais um dia negro para os profissionais que tentam realizar o seu trabalho na Somália.”

Logo após o incidente, o representante especial do Secretário-Geral para a Somália, Nicholas Kay, disse que o país continua a ser um dos lugares mais perigosos para exercer a profissão no mundo.

Acesso à Informação

Bokova lembrou que muitos trabalhadores dos media já pagaram com a própria vida para que todos tenham o direito de acesso à informação e fez um tributo à dedicação desses profissionais.

A diretora da Unesco apelou ainda às autoridades somalis a não medir esforços para impedir tais assassinatos. Abdullahi Farah era repórter da Rádio SBC e da TV Kalsan. Ele foi alvejado por homens não-identificados, na cidade de Galkayo, na região da Puntlândia.

Segundo a Unesco, subiu para quatro o número de jornalistas assassinados na Somália somente este ano. 

Rússia e México

A agência da ONU também condenou a morte de Akhmednabi Akhmednabiyev, um jornalista russo assassinado na terça-feira, ao levar tiros dentro do próprio carro.

O profissional já havia escapado de uma tentativa de assassinato em janeiro e recebia várias ameaças.

Irina Bokova pede ainda investigação e condena um outro caso, ocorrido no México. O corpo do jornalista Mario Ricardo Chávez Jorge foi encontrado perto da fronteira com os Estados Unidos, no dia 26 de junho.

*Apresentação: Eleutério Guevane.